31 de mar. de 2010

Pelo bom uso da informação

De acordo com uma matéria da revista Superinteressante (edição 275 - fevereiro/2010, página 17) as pessoas consomem 34 gigabytes de informação por dia. 11,75GB é produzido pela TV. As emissoras de televisão, que seguem o modo de produção capitalista, detém grande parte das informações que chegam até elas e passam apenas as que lhe convém, visando a massificação do pensamento da população, que se desenvolvesse o pensamento crítico poderia derrubá-las. A exemplo disso é possível citar os casos de morte por contaminação do vírus H1N1. Você já se fez a pergunta de como, realmente, esse vírus chegou até nós, humanos? Do que há por trás? De quantas pessoas realmente morreram? De qual era o estado das mesmas? Reparou, também, que esse assunto foi abafado rapidamente? É porque as emissoras não querem que as pessoas questionem-se sobre as indagações que aqui fiz, e achem as respostas que desmascaram a realidade. Sabe por que? Porque enquanto elas puderem controlá-las, permanecerão no poder e obterão lucro com a falta de informação. Tanta informação em tão pouco tempo torna o que hoje é novidade, em "velharia", amanhã. Porém, quanto mais informação chega, menor é o tempo gasto refletindo sobre tais. E é nessa falta de reflexão que as emissoras apostam, porque com essa atitude as pessoas deixam de reivindicar melhores governos, condições de vida e direitos, e quem perde são elas. Agora pense! Quer que essa situação continue? Então simplesmente não reflita sobre as informações que chegam até você. Mas, se assim como eu (nós?), quer que isso mude, então reflita, escreva, debata, proteste, faça, mude!
Sara Machado

25 de mar. de 2010

"O recado está dado" [2]

A frase, do nosso querido governador, se encaixa perfeitamente à passeata que foi realizada ontem, com o apoio de várias escolas federais, estaduais e até particulares. Milhares de estudantes compareceram ontem à Praça da Candelária, onde foi feita a concentração inicial.
Aos gritos de "Nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil!", os estudantes fizeram barulho suficiente pra atrair a atenção de pessoas que passam pela rua ou trabalhavam em seus escritórios. Ainda cantando, caminharam pela Avenida Rio Branco, uma das principais do centro da cidade, assim, atrapalhando o trânsito, segundo o portal de notícias G1.
A tradicional música "O dinheiro do meu pai não é capim, eu quero passe livre sim!" também foi entoada pelos estudantes, enquanto, sentados, bloqueavam a Rio Branco. O jovem Edson Luís, que morreu há 42 anos completados no próximo domingo, foi lembrado e homenageado. Ao passarem pelo Ministério da Educação, o coro estudantil, além das vaias, tinha uma especial em seu vasto repertório: "Não pago, não pagaria. Educação não é mercadoria!".
Continuando seu trajeto, ao chegarem no Palácio Tiradentes, sede da Alerj, mesmo cansados, não desanimaram e cantaram mais forte ainda: "Quem são vocês? Sou estudante! Mais uma vez. Sou estudante! Sou, sou estudante, eu sou. Quero estudar, e o passe livre conquistar. Com muita luta!" e todos pularam aos gritos de "Quem não pular é governista!"

Minha opinião: Infelizmente, o movimento sofreu por estar um pouco desvirtuado, mas continuaremos na luta para que haja uma união e conscientização de todos e no futuro tenhamos um movimento estudantil mais organizado e, consequentemente, com maiores conquistas.

21 de mar. de 2010

D



Caros leitores, chegamos hoje à marca de 500 visitas.
E a quem devemos isso? A vocês. Àqueles que visitam regularmente, àqueles que visitaram uma vez e até a quem ainda nem visitou.
Enfim, obrigado por alimentarem nosso sonho insano de nos tornar uma referência na área de informação crítica.

PS: O título é uma referência aos números romanos. ;)

'Ih! Noticiaram a repressão! Ah, foi em Cuba...'

Na última sexta-feira assisti ao Jornal da Band, na tv, e me chamou atenção uma reportagem sobre Cuba. Não, infelizmente não me chamou atenção por falar bem desse Estado, mas pelo modelo da reportagem. Era sobre uma série de manifestações das quais talvez você já tenha ouvido falar: as 'Damas de Branco' estão há uma semana protestando contra prisões políticas na ilha. Até aí tudo bem, era só um noticiário, até a reportagem começar a criticar a repressão da polícia cubana a essas manifestações.
Resolvi escrever sobre e, durante as pesquisas tive o cuidado de, dentro do site da emissora, pesquisar por 'Cuba', encontrando manchetes como: "Damas de Branco voltam a ser reprimidas em Cuba" "Cubanos reprimem manifestação das Damas de Branco" e mais algumas do tipo. Bom, pesquisando por 'passeata' encontrei referências ao MST, adivinhem: "A passeata causou reflexos na região e no início da tarde era registrada lentidão nas ruas[..]" e a uma passeata de professores paulistas "Segundo a CET, que monitora o trânsito na capital paulista, às 6 da tarde São Paulo registrou recorde de congestionamento do ano para o horário: 184 Km de lentidão".
É interessante ver como notícias do mesmo tipo podem ter enfoques totalmente diferentes, e movidos por interreses tão explícitos e 'bonitos'. Não é 'bonito' ver como uma emissora de tv defende sem pudor o sistema político que os favorece? Sem nenhuma análise sobre a importância de transmitir a verdade ou o mais próximo dela?
Pessoalmente sou contra repressão física a manifestações, mesmo que seja a mais ridícula de todas, mas dificilmente vejo uma notícia que explicite a repressão, não importa se pessoas desarmadas apanharam, foram presas e impedidas de reivindicar seus direitos, sempre noticia-se o transtorno causado pela manifestação, quando não os danos. Mas, surpreendentemente, assim.. por acaso, quando acontece o mesmo fato que vemos constantemente em nossa cidade lá em Cuba, a repressão é manchete. Será que foi um caso realmente inaceitável, foram tomadas atitudes absurdas, ou simplesmente noticia-se diferente por causa de uma revolução ocorrida há mais de meio século? Fica a questão..

Abraços!

18 de mar. de 2010

“O recado está dado”

A frase que nomeia o post, é do governador do estado, Sérgio Cabral Filho e foi dita na última quarta-feira (17), durante um ato público realizado sob chuva no centro da cidade, em protesto contra o projeto que redistribui os royalties do petróleo. Junto a ele, estavam Paulo Hartung (governador do Espírito Santo, outro estado prejudicado pelo projeto), Paes e Rosinha (prefeitos do Rio e de Campos), Minc e Lupi (ministros do Meio Ambiente e do Trabalho), Gabeira (deputado federal), Crivella (senador), entre outros.
Escolas de samba, como Unidos da Tijuca, Salgueiro e Beija-Flor estavam representadas na passeata. Famosos, como Xuxa, Fernanda Abreu e Alcione e outros 150 mil cidadãos "comuns" também compareceram ao evento.

Explicando resumidamente* o porquê do ato: A emenda Ibsen Pinheiro foi aprovada na Câmara dos Deputados e ela muda as regras de distribuição dos royalties - espécie de compensação financeira paga pelos exploradores - igualando essas compensações entre os estados e municípios do país. Anteriormente, os estados produtores recebiam maior parcela dos royalties. E isso acaba prejudicando Rio de Janeiro e Espiríto Santo, os dois estados que seriam os mais beneficiados pela exploração do pré-sal.

* "Resumidamente", porque será feita uma explicação mais detalhada sobre essa polêmica.

15 de mar. de 2010

Você já viu essa?

Está rolando na televisão uma propaganda metalingüística, ou seja, uma propaganda falando do papel das propagandas em geral. Esse comercial faz primeiro uma grande enumeração de benefícios que a propaganda traz, entre eles “faz você pensar”; etc. No final, há uma afirmação bem enfática: “Tudo o que ela não faz é obrigar você a comprar”. Será mesmo que ela não te obriga a comprar?

É curioso notar como as pessoas internalizam o que escutam ou vêem nos meios de comunicação. Um exemplo claro disso encontrei na minha própria casa: Minha irmã (20 anos) chega da faculdade à noite e, nos últimos meses, uma propaganda virou febre na Rede Globo “O batidão sertanejo”. Esse comercial se repetia com uma periodicidade bastante curta (e acho que ainda se repete) e não tinha jeito dela deixar de ouvi-lo pelo menos três vezes (e isso era só de noite.). Como era de se esperar, na segunda ou terceira noite, ela já chegava em casa cantando as músicas com muita segurança, parecia bem familiarizada. No fim de uma semana escutando o tal comercial, perguntou se não queríamos “comprar o CD super legal que passava no comercial da Globo”. Que fique claro, nunca tivemos nenhum CD sertanejo e minha irmã dizia não suportar esse tipo de música. Bom, vai ver que eu estou exagerando e a propaganda não tem o poder de fazer uma ducha cerebral nas pessoas, mas convenhamos que seus métodos são bem covardes. Se um adulto é massacrado por um comercial como esse, o que será de uma criança?

13 de mar. de 2010

Epígrafe

"O mês é Março, o dia 28. Os problemas não são os mesmos, passaram-se 42 anos, as contradições se renovaram e a luta também. Mas o Movimento Estudantil Secundarista ainda lembra, com carinho e luta, a morte de Edson Luís."

Retirado do "Politrecos"

Comunicação

Como foi prometido, aí está o endereço de e-mail para contato com a equipe:


Quem desejar enviar sugestões, dúvidas, matérias prontas.. pode utilizar esse endereço.

Em breve outras formas de contato serão divulgadas.

Abraços!

3 de mar. de 2010

Reflexão


Estamos, como já é sabido, passando por um momento de reciclagem, que já está dando resultados. Para que a experiência de cada um de vocês, leitores, seja cada vez melhor, sem deixar de ser reflexiva, pedimos a participação, de forma que o Muddimidia seja cada vez mais interativo. Estamos abertos a sugestões e até mesmo materiais para postagem. Não se privem de comentar nossas postagens e dizer o que acham desse trabalho. Breve disponibilizaremos um endereço de e-mail para comunicações mais 'complexas'.

Abraços e, boa leitura!

1 de mar. de 2010

Caracas!

Acabo de descobrir algo um tanto quanto... intrigante. Planejava postar algo completamente diferente, mas já que me deram motivo, porque não falar um pouquinho do amado sistema 'GlobOlizador' de comunicação?
Descobri que o site do jornal 'O globo" mantém, na sua lista de 'blogs-coluna' um sobre a Venezuela, que não faz a mínima questão de falar bem do país, tampouco e principalmente do seu governo. Há inúmeras postagens falando sobre as mazelas supostamente causadas pelo governo Bolivariano, e inclusive entrevistas com intelectuais anti-chavistas.
Não sei qual é a realidade da Venezuela, nem tenho uma posição a favor ou contra Chávez, como um todo de suas ações, por não saber qual é o todo de suas ações. Tenho, porém, a certeza de que é um país que desafia os interesses das grandes potências, e é, por isso, alvo de críticas de todas as partes.
Fico imaginando se, independente de serem informações verídicas ou não (o que, repito, não posso afirmar, por não conhecer a realidade do país), um blog desse tipo que tratasse de um país como os EUA teria espaço na grande mídia. Me intriga também o fato da tal neutralidade da qual o jornalista deve usar em seu trabalho, e que não é nem um pouco observada nesse tipo de reportagem e na maior parte da produção da grande mídia.
A questão maior é que a grande massa da população não tem nenhuma referência (certa) de onde buscar a verdade, onde buscar informações que transmitam confiabilidade e não um determinado ponto de vista. Sabemos ser isso algo utópico, e é por isso que trabalhamos no contraponto, é essa a razão de ser do Muddimidia.
Vamos ser mais atentos ao que lemos e assistimos, acho que isso resume tudo.

PS.: Já que estamos tratando de contraponto, sugiro o filme "A revolução não será televisionada", que trata de um golpe de estado frustrado na Venezuela. Ele não é encontrado em locadoras, por não ter uma distribuição oficial, mas pode ser encontrado em partes na internet.

O link do blog de que comentei: http://oglobo.globo.com/blogs/caracas/#270427